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sexta-feira, 27 de maio de 2011

A crise Religiosa

No fim da Idade Média, o crescente desprestígio da Igreja do Ocidente, mais interessada no próprio enriquecimento material do que na orientação espiritual dos fiéis; a progressiva secularização da vida social, imposta pelo humanismo renascentista; e a ignorância e o relaxamento moral do baixo clero favoreceram o desenvolvimento do grande cisma do Ocidente, registrado entre 1378 e 1417, e que teve entre suas principais causas a transferência da sede papal para a cidade francesa de Avignon e a eleição simultânea de dois e até de três pontífices.

Uma angústia coletiva dominou todas as camadas sociais da época, inquietas com os abusos da Igreja, que exigia dos fiéis dízimos cada vez maiores e se enriqueciam progressivamente com a venda de cargos eclesiásticos. Bispos eram nomeados por razões políticas e os novos clérigos cobravam altos preços pelos seus serviços (indulgências), e nem sempre possuíam suficientes conhecimento de religião ou compreendiam os textos que recitavam.

Com as rendas que auferiam, papas e bispos levavam uma vida de magnificência, enquanto os padres mais humildes, carentes de recursos, muitas vezes sustentavam suas paróquias com a instalação de tavernas, casas de jogo ou outros estabelecimentos lucrativos. Outros absurdos como a venda de objetos tidos como relíquias sagradas – por exemplo, lascas de madeira como sendo da cruz de Jesus Cristo – eram efetuados em profusão. Diante dessa situação alienante, pequenos grupos compostos por membros do clero e mesmo por leigos estudavam novas vias espirituais, preparando discretamente uma verdadeira reforma religiosa.
No século XV, o fortalecimento da burguesia e o interesse dos reis em ampliar o poder foram decisivos para fortalecer a crítica à Igreja Católica e provocar a sua divisão
  • A burguesia pretendia aumentar seus lucros e acumular riquezas. Isso era condenado pela Igreja Católica, embora ela mesma fosse riquíssima e grande proprietéria de terras 
  • Os reis precisavam aumentar seu poder, mas viam na força da Igreja um obstáculo para conquistar esse objetivo

    Tais mudanças foram fundamentais para que as críticas se trasformassem em ruptura e levassem à reforma religiosa do século XVI 
    Caroline Souza Lima e Bia Paes

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