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quinta-feira, 30 de junho de 2011

O termo Renascimento é comumente aplicado à civilização européia que se desenvolveu entre 1300 e 1650. Além de reviver a antiga cultura greco-romana, ocorreram nesse período muitos progressos e incontáveis realizações no campo das artes, da literatura e das ciências, que superaram a herança clássica. O ideal do humanismo foi sem duvida o móvel desse progresso e tornou-se o próprio espírito do Renascimento. Trata-se de uma volta deliberada, que propunha a ressurreição consciente (o re-nascimento) do passado, considerado agora como fonte de inspiração e modelo de civilização. Num sentido amplo, esse ideal pode ser entendido como a valorização do homem (Humanismo) e da natureza, em oposição ao divino e ao sobrenatural, conceitos que haviam impregnado a cultura da Idade Média. 
Características gerais:
 * Racionalidade
 * Dignidade do Ser Humano
 * Rigor Científico
 * Ideal Humanista
 * Reutilização das artes greco-romana
 

ARQUITETURA
Na arquitetura renascentista, a ocupação do espaço pelo edifício baseia-se em relações matemáticas estabelecidas de tal forma que o observador possa compreender a lei que o organiza, de qualquer ponto em que se coloque.
“Já não é o edifício que possui o homem, mas este que, aprendendo a lei simples do espaço, possui o segredo do edifício” (Bruno Zevi, Saber Ver a Arquitetura)
Principais características:
 * Ordens Arquitetônicas
 * Arcos de Volta-Perfeita
 * Simplicidade na construção
 * A escultura e a pintura se desprendem da arquitetura e passam a ser autônomas
 * Construções; palácios, igrejas, vilas (casa de descanso fora da cidade), fortalezas (funções  militares)

O principal arquiteto renascentista:
Brunelleschi - é um exemplo de artista completo renascentista, pois foi pintor, escultor e arquiteto. Além de dominar conhecimentos de Matemática, Geometria e de ser grande conhecedor da poesia de Dante. Foi  como construtor, porém, que realizou seus mais importantes trabalhos, entre eles a cúpula da catedral de Florença e a Capela Pazzi.
 

PINTURA
Principais características:
 * Perspectiva: arte de figura, no desenho ou pintura, as diversas distâncias e proporções que têm entre si os objetos vistos à distância, segundo os princípios da matemática e da geometria.
 * Uso do claro-escuro: pintar algumas áreas iluminadas e outras na sombra, esse jogo de contrastes reforça a sugestão de volume dos corpos.
 * Realismo: o artistas do Renascimento não vê mais o homem como simples observador do mundo que expressa a grandeza de Deus, mas como a expressão mais grandiosa do próprio Deus. E o mundo é pensado como uma realidade a ser compreendida cientificamente, e não apenas admirada.
 * Inicia-se o uso da tela e da tinta à óleo.
 * Tanto a pintura como a escultura que antes apareciam quase que exclusivamente como detalhes de obras arquitetônicas, tornam-se manifestações independentes.
*  Surgimento de artistas com um estilo pessoal, diferente dos demais, já que o período é marcado pelo ideal de liberdade e, conseqüentemente, pelo individualismo.
Os principais pintores foram:
 
Botticelli - os temas de seus quadros foram escolhidos segundo a possibilidade que lhe proporcionavam de expressar seu ideal de beleza. Para ele, a beleza estava associada ao ideal cristão. Por isso, as figuras humanas de seus quadros são belas porque manifestam a graça divina, e, ao mesmo tempo, melancólicas porque supõem que perderam esse dom de Deus.
Obras destacadas: A Primavera e O Nascimento de Vênus.

Leonardo da Vinci - ele dominou com sabedoria um jogo expressivo de luz e sombra, gerador de uma atmosfera que parte da realidade mas estimula a imaginação do observador. Foi possuidor de um espírito versátil que o tornou capaz de pesquisar e realizar trabalhos em diversos campos do conhecimento humano.
Obras destacadas: A Virgem dos Rochedos e Monalisa.

Michelângelo  - entre 1508 e 1512 trabalhou na pintura do teto da Capela Sistina, no Vaticano. Para essa capela, concebeu e realizou grande número de cenas do Antigo Testamento. Dentre tantas que expressam a genialidade do artista, uma particularmente representativa é a criação do homem. 
Obras destacadas: Teto da Capela Sistina e a Sagrada Família

Rafael - suas obras comunicam ao observador um sentimento de ordem e segurança, pois os elementos que compõem seus quadros são dispostos em espaços amplo, claros e de acordo com uma simetria equilibrada. Foi considerado grande pintor de “Madonas”.
Obras destacadas: A Escola de Atenas e Madona da Manhã.
 

quarta-feira, 29 de junho de 2011

O Renascimento do Comércio na Europa
Com o sistema feudal em decadência, surgiram novas técnicas de produção. Essas técnicas fizeram com que a mão-de-obra daquela época migrasse da agricultura para outras funções, como artesanato e comércio. Assim, o comércio foi ressurgindo em vários lugares da Europa Ocidental.

As principais cidades da rota comercial européia eram Veneza e Gênova, que devido a sua posição geográfica privilegiada, tornaram-se grandes centros urbanos e comerciais.

Na região norte da Europa, o comércio era controlado pela Liga Hanseática, uma associação comercial de mais de 80 cidades. Com sede em Lübeck, essa associação comercial comercializava principalmente, madeira, peixes, tecidos, cereais, ferro e cobre. A região de Flandres também era outro importante centro comercial, que se destacava pelos seus produtos de lã.

Com a expansão comercial em toda a Europa Ocidental, foram estabelecidas também, rotas comerciais, sendo que a principal liga as cidades da Itália à Flandres, passando pela França. Nessas rotas, grandes feiras eram estabelecidas, como a da região de Champagne, Flandres e Frankfurt.

O renascimento comercial da Europa Ocidental fez com que a circulação de dinheiro e a economia das regiões crescessem, ocasionando também, o florescimento das cidades

Moda no Renascimen

CENÁRIO HISTÓRICO
Durante a Renascença (séculos XV a meados do XVII, variando entre autores e regiões da Europa), a roupa é alçada a uma nova condição social. Com a ascensão da burguesia mercantil, a partir do século XIV, a moda passa a ser, mais do que nunca, um instrumento de diferenciação social, ao lado da arte. As famílias burguesas expunham ao mundo sua riqueza e prestígio nas vestimentas, o que, por sua vez, ajudava a manter funcionando o profícuo comércio de tecidos que movimentava a Europa. E financiar artistas que as retratassem em toda a sua pompa e glória era, igualmente, um mecanismo que provar ao mundo quão rica era a família. É através desses registros que temos alguma idéia do que eram os trajes renascentistas. Na França, Espanha e cidades italianas desenvolveu-se um lucrativo mercado de pinturas de retratos de nobres e burgueses ricos, que nos permite conhecer o que havia de mais suntuoso nos seus guarda-roupas (afinal os caras se produziam para serem imortalizados!). Na região da atual Holanda, desenvolveu-se um outro estilo artístico, que retratava cenas do cotidiano da pequena burguesia e dos próprios camponeses. A respeito dessas escolas artísticas, qualquerbusca no Tio Google pode esclarecer mais.

MATERIAIS
Durante a Renascença, houve uma revalorização do preto nas roupas, em grande parte devida ao gosto soturno da corte espanhola pela cor. Alguns pesquisadores apontam que a preferência pelo preto se baseava puramente na vaidade: como as roupas passaram a utilizar bordados cada vez mais complexos e refinados (à base de pérolas e pedras preciosas) e o uso de jóias pesadas era bastante apreciado, o preto se apresentava como uma cor que ressaltava estes pequenos detalhes de riqueza – algo que nós conhecemos muito bem. Os tecidos mais apreciados e caros eram o algodão (importado da Índia), seda, veludo, cetim e brocado.

terça-feira, 28 de junho de 2011

Michelangelo di Lodovico Buonarroti Simoni (Caprese, 6 de Março de 1475Roma, 18 de Fevereiro de 1564), mais conhecido simplesmente como Miguel Ângelo (português europeu) ou Michelangelo (português brasileiro), foi um pintor, escultor, poeta e arquiteto italiano, considerado um dos maiores criadores da história da arte do ocidente.
Ele desenvolveu o seu trabalho artístico por mais de setenta anos entre Florença e Roma, onde viveram seus grandes mecenas, a família Medici de Florença, e vários papas romanos. Iniciou-se como aprendiz dos irmãos Davide e Domenico Ghirlandaio em Florença. Tendo seu talento logo reconhecido, tornou-se um protegido dos Medici, para quem realizou várias obras. Depois fixou-se em Roma, onde deixou a maior parte de suas obras mais representativas. Sua carreira se desenvolveu na transição do Renascimento para o Maneirismo, e seu estilo sintetizou influências da arte da Antiguidade clássica, do primeiro Renascimento, dos ideais do Humanismo e do Neoplatonismo, centrado na representação da figura humana e em especial no nu masculino, que retratou com enorme pujança. Várias de suas criações estão entre as mais célebres da arte do ocidente, destacando-se na escultura o Baco, a Pietà, o David, as duas tumbas Medici e o Moisés; na pintura o vasto ciclo do teto da Capela Sistina e o Juízo Final no mesmo local, e dois afrescos na Capela Paulina; serviu como arquiteto da Basílica de São Pedro implementando grandes reformas em sua estrutura e desenhando a cúpula, remodelou a praça do Capitólio romano e projetou diversos edifícios, e escreveu grande número de poesias.
Ainda em vida foi considerado o maior artista de seu tempo; chamavam-no de o Divino, e ao longo dos séculos, até os dias de hoje, vem sendo tido na mais alta conta, parte do reduzido grupo dos artistas de fama universal, de fato como um dos maiores que já viveram e como o protótipo do gênio. Michelangelo foi um dos primeiros artistas ocidentais a ter sua biografia publicada ainda em vida. Sua fama era tamanha que, como nenhum artista anterior ou contemporâneo seu, sobrevivem registros numerosos sobre sua carreira e personalidade, e objetos que ele usara ou simples esboços para suas obras eram guardados como relíquias por uma legião de admiradores. Para a posteridade Michelangelo permanece como um dos poucos artistas que foram capazes de expressar a experiência do belo, do trágico e do sublime numa dimensão cósmica e universal.
Leonardo di Ser Piero da Vinci (Loudspeaker.svg? pron.), ou simplesmente Leonardo da Vinci, Anchiano, 15 de abril de 1452[2]Amboise, 2 de maio de 1519, foi um polímata italiano[2], uma das figuras mais importantes do Alto Renascimento[2], que se destacou como cientista, matemático, engenheiro, inventor, anatomista, pintor, escultor, arquiteto, botânico, poeta e músico.[1][3][4] É ainda conhecido como o precursor da aviação e da balística.[1] Leonardo frequentemente foi descrito como o arquétipo do homem do Renascimento, alguém cuja curiosidade insaciável era igualada apenas pela sua capacidade de invenção.[5] É considerado um dos maiores pintores de todos os tempos e como possivelmente a pessoa dotada de talentos mais diversos a ter vivido.[6] Segundo a historiadora de arte Helen Gardner, a profundidade e o alcance de seus interesses não tiveram precedentes e sua mente e personalidade parecem sobre-humanos para nós, e o homem em si [nos parece] misterioso e distante.[5]
Nascido como filho ilegítimo de um notário, Piero da Vinci, e de uma camponesa, Caterina, em Vinci, na região da Florença, foi educado no ateliê do renomado pintor florentino, Verrocchio. Passou a maior parte do início de sua vida profissional a serviço de Ludovico Sforza (Ludovico il Moro), em Milão; trabalhou posteriormente em Roma, Bolonha e Veneza, e passou seus últimos dias na França, numa casa que lhe foi presenteada pelo rei Francisco I.
Leonardo era, como até hoje, conhecido principalmente como pintor.[6] Duas de suas obras, a Mona Lisa[2] e A Última Ceia[2], estão entre as pinturas mais famosas, mais reproduzidas e mais parodiadas de todos os tempos, e sua fama se compara apenas à Criação de Adão, de Michelangelo.[5] O desenho do Homem Vitruviano, feito por Leonardo, também é tido como um ícone cultural,[7] e foi reproduzido por todas as partes, desde o euro até camisetas. Cerca de quinze de suas pinturas sobreviveram até os dias de hoje; o número pequeno se deve às suas experiências constantes - e frequentemente desastrosas - com novas técnicas, além de sua procrastinação crônica.[nb 3] Ainda assim, estas poucas obras, juntamente com seus cadernos de anotações - que contêm desenhos, diagramas científicos, e seus pensamentos sobre a natureza da pintura - formam uma contribuição às futuras gerações de artistas que só pode ser rivalizada à de seu contemporâneo, Michelangelo.[nb 4]
Leonardo é reverenciado por sua engenhosidade tecnológica;[6] concebeu ideias muito à frente de seu tempo, como um helicóptero, um tanque de guerra, o uso da energia solar, uma calculadora, o casco duplo nas embarcações, e uma teoria rudimentar das placas tectônicas.[9] Um número relativamente pequeno de seus projetos chegou a ser construído durante sua vida (muitos nem mesmo eram factíveis),[nb 5] mas algumas de suas invenções menores, como uma bobina automática, e um aparelho que testa a resistência à tração de um fio, entraram sem crédito algum para o mundo da indústria.[nb 6] Como cientista, foi responsável por grande avanço do conhecimento nos campos da anatomia, da engenharia civil, da óptica e da hidrodinâmica.
Leonardo da Vinci é considerado por vários o maior gênio da história[10], devido a sua multiplicidade de talentos para ciências e artes, sua engenhosidade e criatividade, além de suas obras polêmicas. Num estudo realizado em 1926 seu QI foi estimado em cerca de 180.[11][12]
O termo Renascimento é comumente aplicado à civilização européia que se desenvolveu entre 1300 e 1650. Além de reviver a antiga cultura greco-romana, ocorreram nesse período muitos progressos e incontáveis realizações no campo das artes, da literatura e das ciências, que superaram a herança clássica. O ideal do humanismo foi sem duvida o móvel desse progresso e tornou-se o próprio espírito do Renascimento. Trata-se de uma volta deliberada, que propunha a ressurreição consciente (o re-nascimento) do passado, considerado agora como fonte de inspiração e modelo de civilização. Num sentido amplo, esse ideal pode ser entendido como a valorização do homem (Humanismo) e da natureza, em oposição ao divino e ao sobrenatural, conceitos que haviam impregnado a cultura da Idade Média. 
Características gerais:
 * Racionalidade
 * Dignidade do Ser Humano
 * Rigor Científico
 * Ideal Humanista
 * Reutilização das artes greco-romana
 

ARQUITETURA
Na arquitetura renascentista, a ocupação do espaço pelo edifício baseia-se em relações matemáticas estabelecidas de tal forma que o observador possa compreender a lei que o organiza, de qualquer ponto em que se coloque.
“Já não é o edifício que possui o homem, mas este que, aprendendo a lei simples do espaço, possui o segredo do edifício” (Bruno Zevi, Saber Ver a Arquitetura)
Principais características:
 * Ordens Arquitetônicas
 * Arcos de Volta-Perfeita
 * Simplicidade na construção
 * A escultura e a pintura se desprendem da arquitetura e passam a ser autônomas
 * Construções; palácios, igrejas, vilas (casa de descanso fora da cidade), fortalezas (funções  militares)

O principal arquiteto renascentista:
Brunelleschi - é um exemplo de artista completo renascentista, pois foi pintor, escultor e arquiteto. Além de dominar conhecimentos de Matemática, Geometria e de ser grande conhecedor da poesia de Dante. Foi  como construtor, porém, que realizou seus mais importantes trabalhos, entre eles a cúpula da catedral de Florença e a Capela Pazzi.
 

 

 
 
 
 
 
 

A Renascença leva a cabo duas revoluções: a contrapontística e a harmônica. Na primeira, a complexidade polifônica aumenta ainda mais. São compostos motetos, missas e madrigais de até 8 vozes simultâneas! Muitas vezes, cada voz cantava um texto diferente, sendo a compreensão obviamente impossível. Paralelamente, na harmonia, o sistema modal dominante na Idade Média caía gradualmente, e era substituído pelo tonalismo. Além disso, a música instrumental começava a se desenvolver, após um longo período de gêneros puramente vocais.

Os primeiros grandes compositores renascentistas são o inglês John Dunstable e o francês Guillaume Dufay, ainda no século XV. No cinquecento (séc. XVI), surgem as escolas nacionais: a flamenga (Jacob Obrecht, Johannes Ockeghem, Orlandus Lassus, Josquin Desprez), a alemã (Heinrich Isaac, Hans Leo Hassler, Michael Pretorius), a inglesa (William Byrd, John Dowland, Orlando Gibbons), a espanhola (Tomás Luís de Victoria, Antonio Cabezón) e a italiana (Luca Marenzio, Don Carlo Gesualdo e Giovanni Perluigi da Palestrina).

O maior compositor renascentista foi, sem dúvida, o italiano Claudio Monteverdi. Ele foi a verdadeira ponte entre o Renascimento e o Barroco, vivendo em ambos os períodos. Porém, o marco definitivo do fim da Renascença foi a composição da primeira ópera da história - Dafne, do também italiano Jacopo Peri, composta em 1597. Como a letra tinha papel importantíssimo na compreensão do enredo da ópera, a polifonia foi substituída pela homofonia, isto é, pelo canto a uma voz, mas, diferentemente do canto gregoriano, acompanhado.

Infelizmente, perdeu-se o manuscrito de Dafne. Assim, a ópera mais antiga que conhecemos integralmente é Orfeu, de Monteverdi, composta em 1607. Aqui as inovações de Peri são levadas adiante, definindo o destino dos próximos 150 anos de música: o Barroco.

Moda do renascimento



Durante a Renascença (séculos XV a meados do XVII, variando entre autores e regiões da Europa), a roupa é alçada a uma nova condição social. Com a ascensão da burguesia mercantil, a partir do século XIV, a moda passa a ser, mais do que nunca, um instrumento de diferenciação social, ao lado da arte. As famílias burguesas expunham ao mundo sua riqueza e prestígio nas vestimentas, o que, por sua vez, ajudava a manter funcionando o profícuo comércio de tecidos que movimentava a Europa. E financiar artistas que as retratassem em toda a sua pompa e glória era, igualmente, um mecanismo que provar ao mundo quão rica era a família. É através desses registros que temos alguma idéia do que eram os trajes renascentistas. Na França, Espanha e cidades italianas desenvolveu-se um lucrativo mercado de pinturas de retratos de nobres e burgueses ricos, que nos permite conhecer o que havia de mais suntuoso nos seus guarda-roupas (afinal os caras se produziam para serem imortalizados!). Na região da atual Holanda, desenvolveu-se outro estilo artístico, que retratava cenas do cotidiano da pequena burguesia e dos próprios camponeses.

A dança inspirava a arte no renascimento e nos séculos seguintes Edgar Degas - Exame de Dança
Nessa época, na França e na Itália a arte renasceu: um movimento cultural, denominado de Renascimento na França e de Quattrocento na Itália foi o responsável pelo desligamento da arte com a Igreja e pelo desenvolvimento de uma sociedade que valorizava e arcava com os custos da arte. A burguesia, uma classe de comerciantes que enriquecia facilmente, crescia aos poucos, mostrando-se uma classe liberal e revolucionária. A Nobreza, por sua vez, cultuava o comportamento refinado, buscando a "arte de viver com elegância".
Nesse terreno extremamente fértil para o desenvolvimento e os estudos das artes, o intercâmbio entre os dois países foi intenso, o que favoreceu ainda mais e diversificou esses movimentos. A dança de corte assinalava uma nova etapa: aquela dança metrificada que havia se separado das danças populares se tornou uma dança erudita, onde os participantes tinham que saber, além da métrica, os passos.
Com isso, surgem os profissionais e mestres, que estudavam as possibilidades de expressão do corpo e conseqüentemente elevavam o nível técnico das danças. É importante lembrar também que eram pessoas que dedicavam muito mais de seu tempo para a dança do que aqueles que apenas dançavam por diversão. Os professores eram pessoas altamente valorizadas nas cortes, sendo convidados especiais em todas as festas e respeitados pelas famílias. Eles chegavam a assumir o papel de pais e chefes de família nas apresentações das noivas a suas futuras famílias, pois esses eventos eram feitos sob a forma de um ballet mudo.

Edgar Degas - A Bailarina de Quatorze Anos
Ainda nessa época, foram escritos os primeiros livros sobre a dança. O primeiro deles teria sido "Il perfetto Ballerino", de Rinaldo Rigoni, imprimido em Milão em 1468. Infelizmente, essa obra não existe mais. O mais antigo livro sobre dança que temos atualmente é "L'art et Instruction de bien danser...", editado por Michel Toulouze em Paris, de 1496 a 1501.
Das escrituras antigas, a que melhor nos retrata a dança do Quattrocento é um manuscrito de Domenico da Piacenza, que está atualmente na Biblioteca nacional de Paris. Ele retrata uma gramática do Movimento, baseada em cinco elementos constituintes da dança: métrica, comportamento, memória, percurso, aparência. É importante lembrar que esses termos não têm o mesmo significado exato de hoje. Uma segunda parte desse manuscrito enumera os passos fundamentais, dentre os quais temos os passos simples e duplos, a volta e a meia-volta (que não eram em meia-ponta), os saltos, os battements de pés e as mudanças de pés.
No cinquecento (séc. XVI), como poderíamos esperar, a evolução rumo a uma técnica mais apurada prosseguiu. Dois autores foram responsáveis por esse desenvolvimento: Cesare Negri e Marco Fabrizio Caroso. O primeiro escreveu um tratado com cinqüenta e cinco regras técnicas, descrições coreográficas e novos passos, como o trango (meia-ponta) e o salto da fiocco, uma espécie de jeté que girava. Sua mais importante contribuição foi a introdução do piedi in fuore, o início do en dehors. O segundo apresenta em seu tratado a pirueta e passos que deram origem ao pas de bourré e ao coupé (fioro e groppo, respectivamente). As obras que se seguiram apresentam 68 tipos de passos com relevés.

Figura retratando a dança de corte
As danças de corte eram executadas como coreografias, sempre da mesma forma, e deviam ser aprendidas por todos os nobres. Cada coreografia possuía um nome, como o Pas de Brébant e o Bransle franceses, o Canário, a Chacona e a Passacale vindos da Espanha, e a Pavana, o Pazzo mezzo e a Volta italianas. Essa última, a Volta, era considerada uma dança imoral, porque os cavalheiros seguravam as damas proximamente de seus corpos, giravam sobre si mesmos fazendo-as saltarem, numa espécie de carregada. Com esse movimento, as longas saias levantavam-se e mostravam parte dos tornozelos. Essa dança pode ser vista no filme "Elizabeth" que concorreu ao Oscar em 1999, onde Cate Blanchet (Rainha Elizabeth) e Robert Fiennes (Lorde Robert) executam os passos diante da corte boquiaberta!
Já os Ballets de Corte eram uma espécie de teatro dançado, bastante comuns nos grandes acontecimentos. Para se entender como era um Ballet de Corte basta-se imaginar uma peça de teatro com as danças da época, que usava poesia para contar a história e que não era repetido muitas vezes, no máximo 1 ou 2, e é por isso que não foram conservados como os repertórios. Na realidade, possuíam cinco elementos constituintes: dança, música, poesia, cenário e ação dramática.
Os Ballets de Corte surgiram na França, mas a partir de 1600 se espalharam pelas cortes de toda a Europa. Na segunda metade do século XVI uma grande quantidade de problemas na sucessão dos reis da França, brigas e guerras entre as famílias dos nobres geraram a necessidade de se reafirmar o poder real. O ballet se tornou, então, um meio privilegiado de propaganda, e após a consolidação do reinado de Luís XIV, era dançado como uma cerimônia de adulação ao Rei. Aliás, Luís XIV era um apaixonado pela dança. Praticou desde pequeno, às vezes até preocupando os responsáveis por sua educação porque ele não se interessava por mais nada. Incentivou a dança durante todo o seu reinado, e não só compôs um ballet inteiro como participou como ator de muitos, e, a título de curiosidade, preferia os papéis de "grotescos mal vestidos" e de mulheres.
O primeiro Ballet de Corte que apresentava os cinco elementos conjugados (dança, música, poesia, cenário e ação dramática) foi feito em 1564, quando Carlos IX, influenciado por sua mãe, fez uma viagem de propaganda pela França. Perto do feudo de seu rival, o duque de Guise, foi representado um balé onde Júpiter, que representava o Rei, apaziguava as desordens que os outros quatro astros (planetas, na realidade) "aprontavam". O Ballet Comique de La Reine (Balé cômico da rainha) foi um dos mais conhecidos, servindo de modelo para todos os que foram criados depois. Ele foi apresentado em 1581, na ocasião do casamento do Duque de Joyeuse com a irmã da rainha, e durou quase cinco horas. Nele havia seis entrées, e as formas geométricas eram largamente utilizadas. Sua principal inovação foi o final, onde todos os nobres entram num enorme baile, participando, assim, do grand-finale da "história" contada.




 


   
   

terça-feira, 21 de junho de 2011

Inglaterra
Na Inglaterra, o Renascimento coincide com a chamada Era Elisabetana, de grande expansão marítima e de relativa estabilidade interna depois da devastação da longa Guerra das Rosas, quando se tornou possível pensar em cultura e arte. Como na maior parte dos outros países da Europa, a herança gótica ainda viva mesclou-se com referências da Renascença tardia, mas suas características distintivas são o predomínio da literatura e da música sobre as outras artes, e sua vigência até cerca de 1620. Poetas como John Donne e Milton pesquisam novas formas de compreender a fé cristã, e dramaturgos como Shakespeare e Marlowe se movem com desenvoltura entre temas centrais da vida humana - a traição, a transcendência, a honra, o amor, a morte - em tragédias célebres como Romeu e Julieta, Macbeth, Otelo (Shakespeare), e Doutor Fausto (Marlowe), bem como sobre seus aspectos mais prosaicos e ligeiros em fábulas encantadoras como Sonho de uma noite de verão (Shakespeare). Filósofos como Francis Bacon descortinam novos limites para o pensamento abstrato e refletem sobre uma sociedade ideal, e na música a escola madrigalesca italiana é assimilada por Thomas Morley, Thomas Weelkes, Orlando Gibbons e muitos outros, adquire um sabor inconfundivelmente local e cria uma tradição que permanece viva até hoje, ao lado de grandes polifonistas sacros como John Taverner, William Byrd e Thomas Tallis, este deixando o famoso moteto Spem in alium, para quarenta vozes divididas em oito coros, uma composição sem paralelos em sua época pela maestria no manejo de enormes massas vocais.[60] Na arquitetura se destacaram Robert Smythson e os palladianistas Richard Boyle, Edward Lovett Pearce e Inigo Jones, cuja obra repercutiu até na América do Norte, fazendo discípulos em George Berkeley, James Hoban, Peter Harrison e Thomas Jefferson.[61] Na pintura o Renascimento foi recebido principalmente através da Alemanha e dos Países Baixos, com a figura maior de Hans Holbein, florescendo depois com William Segar, William Scrots, Nicholas Hilliard e vários outros mestres da Escola Tudor.


Bia Paes e Calol

Trecento

O Trecento representa a preparação para o Renascimento e é um fenômeno basicamente italiano, mais especificamente da cidade de Florença , pólo político, econômico e cultural da região, embora outros centros também tenham participado do processo, como Pisa e Siena , tornando-os a vanguarda da Europa em termos de economia, cultura e organização social, conduzindo a transformação do modelo medieval para o moderno.
A economia era dinamizada pela fundação de grandes casas bancárias, pelo surgimento da noção de livre concorrência e pela forte ênfase no comércio, e cada vez mais se estruturava em moldes capitalistas e bastante materialistas, onde a tradição era sacrificada diante do racionalismo, da especulação financeira e do utilitarismo. O sistema de produção desenvolvia novos métodos, com uma nova divisão de trabalho organizada pelas guildas e uma progressiva mecanização, mas levando a uma despersonalização da atividade artesanal. A Itália nesta época era um mosaico de pequenos países e cidades independentes. O regime republicano com base no racionalismo fora adotado por vários daqueles Estados, e a sociedade via crescer uma classe média emancipada intelectual e financeiramente que se tornaria um dos principais pilares do poder e um dos sustentáculos de um novo mercado de arte e cultura.
Na religião a mudança foi assinalada pela busca, amparada pela ciência, de explicações racionais para os fenômenos da natureza; por uma nova forma de ver as relações entre Deus e o homem, e pela idéia de que o mundo não deveria ser renegado, mas vivenciado plenamente, e que a salvação poderia ser conquistada também através do serviço público e do embelezamento das cidades e igrejas com obras de arte, além da prática de outras ações virtuosas. Deve-se frisar que mesmo com a crescente influência clássica, que era toda pagã na origem, o Cristianismo jamais foi posto em xeque e permaneceu como um pano de fundo ao longo de todo o período, criando-se a síntese original que conhecemos hoje.

Quatrocento

Ao longo do Quatrocento Florença se manteve como o maior centro cultural do Renascimento, atravessando um momento de grande prosperidade econômica e conquistando também a primazia política em toda a região, apesar de Milão e Nápoles serem rivais perigosos e constantes. A opulência da sua oligarquia burguesa, que então monopolizava todo o sistema bancário europeu e adquiria um brilho aristocrático e grande cultura, e se entregava à "bela vida", gerou na classe média uma resistência retrógrada que buscou no gótico idealista um ponto de apoio contra o que via como indolência da classe dominante. Estas duas tendências opostas deram o tom para a primeira metade deste século, até que a pequena burguesia enfim abandonou o idealismo antigo e passou a entrar na corrente geral racionalista. Foi o século dos Medici, destacando-se principalmente Lorenzo de' Medici, grande mecenas, e o interesse pela arte se difundia para círculos cada vez maiores.

S2 BEATRIZ P. E CAROL S2
                                   Leonardo da Vinci ( 1452-1519)
      Ele, grande renascentista, pintor, escultor, escritor, etc, também é autor de muitas frases “bonitas”, que, nos fazem refletir, veja algumas delas:

_Prazer e Dor são representados com os traços gêmeos, formando como que uma unidade, pois um não vem nunca sem o outro; e se colocam um de costas para o outro porque se opõem um ao outro.

_Se escolheres o prazer, conscientiza-te que atrás dele há alguém que só te trará atribulações e arrependimento.

_Tal é o Prazer e a Dor... saem de um tronco único porque têm uma só e mesma base, eis que cansaço e dor são a base do prazer e os prazeres vãos e lascivos estão na base da dor.

_Não prever, é já lamentar.

_Quando eu pensar que aprendi a viver, terei aprendido a morrer.

_Os que se encantam com a prática sem a ciência são como os timoneiros que entram no navio sem timão nem bússola, nunca tendo certeza do seu destino.

_Não há coisa que mais nos engane do que o nosso juízo.

_Pouco conhecimento faz com que as pessoas se sintam orgulhosas. Muito conhecimento, que se sintam humildes. É assim que as espigas sem grãos erguem desdenhosamente a cabeça para o Céu, enquanto que as cheias as baixam para a terra, sua mãe.

_A lei suprema da arte é a representação do belo.

_O olhar de quem odeia é mais penetrante do que o olhar de quem ama.

_A experiência nunca falha, apenas as nossas opiniões falham, ao esperar da experiência aquilo que ela não é capaz de oferecer.

_A necessidade é a melhor mestra e guia da natureza. A necessidade é terna e inventora, o eterno freio e lei da natureza.

_O ódio revela muita coisa que permanece oculta ao amor. Lembra-te disso e não desprezes a censura dos inimigos.

Quem não estima a vida não a merece.

_Não há conselho mais leal do que o que é dado num navio em perigo.

_Que o teu trabalho seja perfeito para que, mesmo depois da tua morte, ele permaneça.

_A pintura deve parecer uma coisa natural vista num grande espelho.

_Lastimável discípulo, que não ultrapassa o mestre.

_O conhecimento torna a alma jovem e diminui a amargura da velhice. Colhe, pois, a sabedoria. Armazena suavidade para o amanhã.

_A vida bem preenchida torna-se longa.

_Quem pensa pouco, erra muito.

_O casamento é como enfiar a mão num saco de serpentes na esperança de puxar uma enguia.

_Todo o homem deseja ganhar dinheiro para dá-lo aos médicos, destruidores de vidas. Devem, portanto, ser ricos.

_O objetivo mais alto do artista consiste em exprimir na fisionomia e nos movimentos do corpo as paixões da alma.

_A mais nobre paixão humana é aquela que ama a imagem da beleza em vez da realidade material. O maior prazer está na contemplação.

_A arte diz o indizível; exprime o inexprimível, traduz o intraduzível.

_Que o teu orgulho e objetivo consistam em pôr no teu trabalho algo que se assemelhe a um milagre.

_O amor é filho da compreensão; o amor é tanto mais veemente, quanto mais a compreensão é exata.

_Todo o nosso conhecimento se inicia com sentimentos.

_Assim como todo o reino dividido é desfeito, toda a inteligência dividida em diversos estudos se confunde e enfraquece.

_Quem pouco pensa, engana-se muito.

_A paciência faz contra as ofensas o mesmo que as roupas fazem contra o frio; pois, se vestires mais roupas conforme o inverno aumenta, tal frio não te poderá afectar. De modo semelhante, a paciência deve crescer em relação às grandes ofensas; tais injúrias não poderão afectar a tua mente.

_Pobre é o discípulo que não excede o seu mestre.

_Quem não pode o que quer, queira o que pode.

_Assim como um dia bem aproveitado proporciona um bom sono, uma vida bem vivida proporciona uma boa morte.

_Não se pode amar ou odiar quem não se conhece ainda.

_Nunca imites ninguém. Que a tua produção seja como um novo fenômeno da natureza.

_Nunca o homem inventará nada mais simples nem mais belo do que uma manifestação da natureza. Dada a causa, a natureza produz o efeito no modo mais breve em que pode ser produzido.

_Quanto mais conhecemos, mais amamos.

_Jamais o sol vê a sombra.

_O tempo dura bastante para aqueles que sabem aproveitá-lo.

_Para estar junto não é preciso estar perto, e sim do lado de dentro.

_Repreende o amigo em segredo e elogia-o em público.

_A simplicidade é o último grau de sofisticação.

_As mais lindas palavras de amor são ditas no silêncio de um olhar.

_Aprender é a única coisa de que a mente nunca se cansa, nunca tem medo e nunca se arrepende.

_Onde há muito sentimento, há muita dor

_Melhor do que ter uma grande beleza, é ter um grande coração.

_Repreende o amigo em particular; louva-o na presença de todos.

_Por que vê a vista as coisas mais claramente em sonhos do que a imaginação quando acordada?

_Assim como a coragem põe a vida em perigo, o medo protege-a

_Uma vez tendo experimentado voar, caminharás para sempre sobre a Terra de olhos postos no Céu, pois é para lá que tencionas voltar.

_Quem não castiga o mal, ordena que ele se faça.

_Se tens que lidar com água, consulta primeiro a experiência, depois a razão.

_Tudo o que é belo morre no homem, mas não na arte.

_Um bom artista copia, um grande artista rouba.

_O olhar de quem odeia é mais penetrante do que o olhar de quem ama.

Os cinco sentidos são os guias da alma.

_Sou de opinião de que não se devia desprezar aquele olhar atentamente para as manchas da parede,para os carvões sobre a grelha,para as nuvens,para a correnteza da água,descobrindo assim coisas maravilhosas.

_Haverá um tempo em que os seres humanos se contentarão com uma alimentação vegetariana e julgarão a matança de um animal inocente da mesma forma como hoje se julga o assassino de um homem.

_Fácil coisa é fazer-se universal

_Chegará o tempo em que o homem conhecerá o íntimo de um animal e nesse dia todo crime contra um animal será um crime contra a humanidade.

As frases mostradas são algumas de MUITAS!!! Elas nos fazem pensar... Pois tratam de coisas verdadeiras, pois, afinal, é por isso que ele é considerado um gênio... se alguém seguisse TODAS suas palavras, teria a sabedoria do mais sábio homem, sem ter